Começará pelo prédio alugado para o Detran na Avenida Júlio de Castilhos a contenção de gastos com a locação de imóveis por parte do Estado pretendida pelo governo. O aluguel de sete andares no Cosmopolitan Center, durante o governo Tarso Genro, tornou-se símbolo do uso irracional de espaço e dinheiro público. O contrato de locação é o mais caro para os cofres públicos entre todos os firmados e já custou quase R$ 5 milhões desde maio de 2013, sem que a totalidade do espaço tenha sido aproveitada.
Quase dois anos após o início da vigência do contrato, ainda há quatro andares desocupados. Em janeiro de 2014, reportagem de Carlos Rollsing revelou em ZH os gastos da autarquia com o espaço ocioso. Na época, a direção do órgão prometia ocupar ao menos cinco dos sete pavimentos contratados até a metade daquele ano, o que não ocorreu.
A Secretaria de Modernização Administrativa e Recursos Humanos, que realiza um pente-fino nos contratos de locação firmados pelo Estado, decidiu devolver dois pavimentos ao proprietário, o que representará economia no aluguel de R$ 194 mil mensais.
O Detran instalou parte dos servidores nos outros três andares, enquanto dois pavimentos ainda são preparados para receber as divisões de Infração, Educação para o Trânsito, Protocolo e a Junta Administrativa de Recursos de Infrações (Jari).
A equipe designada pela secretaria para fazer uma análise minuciosa dos contratos pretende racionalizar o uso das estruturas utilizadas pelo poder público. Prédios que hoje abrigam apenas um órgão ou secretaria poderão ser devolvidos para os proprietários, e as equipes de trabalho, removidas para outros locais. Também estão sob análise os valores dos contratos. O Estado tentará reduzir o preço de alguns aluguéis, considerados fora da realidade do mercado.
*Zero Hora