Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, a assessoria de imprensa do PT garantiu que o partido recebe apenas doações legais e que as declarações do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco "não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito". As declarações culminaram na nona fase da Operação Lava-Jato.
Em sua delação premiada, Barusco afirmou que o PT recebeu cerca de US$ 200 milhões de propinas entre 2003 e 2013 do esquema de desvios na estatal.
Veja a íntegra da nota:
A assessoria de imprensa do PT reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral. As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de "delação premiada" e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT.
Assessoria de imprensa do PT
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Conforme a publicação, o delator teria dito ainda que João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, teve participação no recebimento do dinheiro. Segundo Barusco, o petista teria ficado, até março de 2013, com US$ 4,5 milhões.
- Essa combinação envolveu o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, João Vaccari Neto, o declarante (Barusco) e os agentes de cada um dos estaleiros, que deveria ser distribuído o percentual de 1% posteriormente para 0,9% - declarou Barusco.
Conforme o delator, desse 1% sobre o valor dos contratos, dois terços iam para Vaccari, um terço para a "Casa 1" e "Casa 2". A "Casa 1", segundo Barusco, seria o termo usado para "o pagamento de propina no âmbito da Petrobras, especificamente para o diretor de Serviços Renato Duque e Roberto Gonçalves, o qual substituiu o declarante na gerência executiva da Área da Engenharia".
A "Casa 2" referia-se "ao pagamento de propinas no âmbito da Setebrasil, especificamente para o declarante, João Carlos de Medeiros Ferraz, presidente da empresa e, posteriormente, também houve a inclusão de Eduardo Musa, diretor de participações da empresa.
Duque e Vaccari já negaram, por diversas vezes, participações no esquema da estatal. O tesoureiro do PT prestou depoimento à PF, na manhã desta quinta-feira. O assunto, conforme a polícia, seriam as doações legais e ilegais feitas ao partido. O conteúdo do depoimento ainda não foi divulgado.
Os fatos que marcaram a operação: