Apesar da assinatura do acordo de cessar fogo o leste separatista pró-russo registrou mais um dia de conflito sangrento na Ucrânia.
Segundo representantes dos rebeldes separatistas, os bombardeios recomeçaram em Lugansk, na madrugada desta sexta, deixando cinco civis feridos e três mortos. Segundo informações do porta-voz militar ucraniano, Vladislav Seleznev, oito soldados morreram e 34 ficaram feridos nas últimas 24 horas.
De acordo com o militar, a situação é complicada nos arredores de Debaltsevo, entre as capitais separatistas de Donetsk e de Lugansk - onde as tropas ucranianas estão praticamente cercadas pelos rebeldes. Houve relatos de tiros e explosões no início da manhã em Donetsk, olocal considerado como reduto dos rebeldes.
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Estas são as primeiras vítimas desde que os rebeldes e o governo de Kiev acordaram na quinta-feira um acordo de paz em Minsk, na presença dos líderes da Ucrânia, Rússia, França e Alemanha. O plano que prevê um cessar-fogo a partir da meia-noite de domingo, terá a retirada de armas pesadas por parte de ambos os grupos.
Kiev e outros países ocidentais acusam a Rússia de encorajar a subversão dos rebeldes do leste, fornecendo a eles armas e tropas, porém Moscou nega estas acusações.
Após a cúpula europeia, ocorrida em Bruxelas na quinta, Merkel advertiu que a União Europeia pode adotar mais sanções contra a Rússia se o cessar-fogo não for respeitado na Ucrânia.
- Se (a trégua) funcionar, estaremos muito felizes com o acordo. Mas se houver dificuldades, não descartamos outras sanções -, disse a chanceler.
Já o porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, afirmou nesta sexta-feira que a Rússia queria estabelecer um cessar-fogo imediato, sem esperar até domingo, data escolhida finalmente sob pressão dos representantes dos separatistas em Minsk. Na quinta, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou que entre 6.000 e 8.000 soldados ucranianos estão cercados por separatistas armados.
*Zero Hora com agências