Luiz Antônio Araujo
A ideia de que o atentado ao Charlie Hebdo foi o 11 de Setembro francês não resistiu às primeiras 24 horas. O país está chocado, mas as manifestações, com público estimado em 100 mil pessoas, não têm a magnitude que seria de se esperar depois de um trauma nacional. Dizer que a França é um país social e politicamente fraturado é incorrer em truísmo - antes do massacre da Rue Nicolas Appert houve o Caso Dreyfus e Vichy. O que importa, neste caso, são as linhas da divisão.
GZH faz parte do The Trust Project