As contas do Governo Central, que reúnem INSS, Banco Central e Tesouro Nacional, tiveram o pior desempenho desde 1997, com déficit primário de R$ 17,242 bilhões. Foi o primeiro rombo da série histórica e corresponde a 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB).
Arrecadação de 2014 soma R$ 1,187 trilhão, queda real de 1,79% ante 2013
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No início do ano, o governo prometeu um superávit de R$ 80,7 bilhões em suas contas. Porém, atrasos nos pagamentos de despesas que ficaram para 2015 e receitas extraordinárias fizeram os resultados de 2014 ficarem distantes da ultima previsão - que era um superávit de R$ 10,1 bilhões.
O resultado reflete uma combinação de aumento de despesas e queda forte da arrecadação, devido à enfraquecida atividade econômica, incluindo as desonerações tributárias em volume elevado. Em 2013, o superávit acumulado foi de R$ 76,993 bilhões, o que representa 1,59% do PIB.
Dados do Tesouro divulgados nesta quinta-feira mostraram uma aceleração do crescimento das despesas em relação às receitas. Enquanto as despesas tiveram alta de 12,8%, as receitas avançaram apenas 3,6 %. As despesas totais somaram R$ 1,013 trilhão e as receitas líquidas alcançaram R$ 1,031 trilhão.
As contas do Tesouro alcançaram um superávit de R$ 39,570 bilhões, e as do INSS, um déficit de R$ 56,698 bilhões. O resultado das contas do Banco Central foi negativo em R$ 114,8 milhões.
A alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que permitiu o descumprimento da meta, afastou o risco de o Governo Federal cair na Lei de Responsabilidade Fiscal.
*Agência Brasil