Na tarde desta quarta, dois dias depois de vivenciar de perto o tiroteio na Stuttgart Danceteria, e de se tornar um verdadeiro personagem nas redes sociais pelo grito "Cadê o Luan?" nos vídeos que mostram o momento de pânico, Luan Barros, 22 anos, resolveu conversar com a reportagem. E repetiu: "Está tudo bem".
Amigos avisam: "O Luan está bem"
Ainda sem esquecer o susto, o morador da Zona Leste de Porto Alegre e admirador do funk já definiu que dificilmente voltará àquela boate. Sobre o vídeo, feito pelo amigo Mateus, que ele prefere não identificar, diz que virou motivo de zoação entre os amigos.
- É só ver o Mateus que todo mundo grita "cadê o Luan?", mas eu também gritei o nome dele quando nos separamos na correria - conta, brincando.
Diário Gaúcho - Como surgiu esse vídeo?
Luan - A gente estava filmando todo o show do MC Bin Laden. De repente, começou aquela confusão e o meu amigo nem se ligou de desligar a câmera. Filmou tudo no susto e espalhou essa parte do vídeo.
Diário Gaúcho - Quando você percebeu que era um tiroteio de verdade?
Luan - Nosso grupo de amigos estava na pista, na frente do palco. Eu estava curtindo o show com a minha namorada e de repente o pessoal começou a se abaixar. Eu não percebi, mas estava todo mundo gritando: "abaixa Luan". Foi só aí que eu vi que o barulho não era da música. Era tiro mesmo.
Diário Gaúcho - E como se protegeu?
Luan - Não pensei em nada, fui puxando os meus amigos e corri para atrás da copa, que fica debaixo de um dos mezaninos. Acho que os tiros eram lá em cima. Só saí dali quando acabou a confusão.
Diário Gaúcho - E o grito, "cadê o Luan"?
Luan - Foi nessa hora que eu me escondi. O meu amigo correu para o outro lado e acabou no banheiro. Ficou no vídeo ele gritando o meu nome e me procurando. Mas eu também gritava o nome dele. Foi bem assustador.
Diário Gaúcho - Você costuma frequentar a Stuttgart?
Luan - Fui lá umas três vezes com a minha namorada, mas depois de tudo isso, acho que não volto mais lá.