O Ministério Público Federal (MPF) em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, quer retirar o nome do ex-presidente Emílio Garrastazu Médici de uma ponte da cidade. Médici presidiu o Brasil durante a ditadura, entre 1969 a 1974. O caso é parecido com o que ocorreu em Porto Alegre, quando os vereadores da cidade aprovaram a troca de nome da Avenida Castelo Branco para Avenida da Legalidade e da Democracia.
O pedido do MPF é para retirada do nome do ex-presidente de qualquer placa indicativa da Ponte Presidente Médici. Também sugere que o novo nome seja escolhido, em 90 dias, por meio de discussão pública, com ampla participação da sociedade civil, obedecendo normas constitucionais e legais. Ainda de acordo com o MPF, procedimentos instaurados na Procuradoria da República no Rio de Janeiro e informações arquivadas pelo Projeto Brasil Nunca Mais indicam que, durante o mandato do ex-presidente, “ocorreu um grande conjunto de violações de direitos fundamentais do povo brasileiro, como o cerceamento à liberdade de expressão e a outras liberdades individuais”.
O caso é parecido com a mudança ocorrida em uma via de Porto Alegre. Projeto dos vereadores do Psol, Pedro Ruas e Fernanda Melchiona, previu a mudança do nome da Avenida Castelo Branco, que levava o nome de outro ex-presidente do período da ditadura, para Avenida da Legalidade e da Democracia. A mudança já foi promulgada pela câmara da Capital.