A Justiça Federal em Canoas analisa processo que pretende reconhecer uma vítima da ditadura no Rio Grande do Sul. O Ação Civil Pública contra a União foi movida pelo Ministério Público Federal. O tenente-coronel Alfeu de Alcântara Monteiro foi morto três dias após o golpe militar que derrubou o presidente João Goulart em 1964. Ele seria a primeira vítima da ditadura no Estado, segundo o Movimento de Justiça e Direitos Humanos, que encaminhou a denúncia ao Ministério Público Federal.
O Juiz Roberto Schaan Ferreira, da 2ª Vara Federal de Canoas, vai marcar audiência de instrução o quanto antes devido à "idade avançada das testemunhas arroladas e o perigo de perda definitiva da prova". O tenente-coronel Alfeu de Alcântara Monteiro foi morto no Quartel General da 5ª Zona Aérea em Canoas, no dia 04/04/1964. A morte do militar ocorreu quando chegava ao local o novo comandante, que era adepto ao Golpe. Ele teria dado ordens para prender os militares que não haviam aderido ao movimento. O tenente-coronel Alfeu era o subcomandante da Base Aérea e não havia aderido ao golpe militar.
