O desvio de cratera aberta na RS-110, em Jaquirana, deve ser liberado em duas semanas. As obras começaram no final de agosto, com previsão de conclusão para 30 dias. A contratação ocorreu de forma emergencial, como forma de retomar a trafegabilidade da rodovia. Duas detonações já foram realizadas nas rochas para abrir o novo caminho, que vai passar ao lado da cratera e não vai ser pavimentado.
De acordo com o superintendente do Daer de São Francisco de Paula, Vagner Menezes Seerig, a liberação depende da retirada das pedras resultantes das detonações e também da construção de um bueiro. A superintendência também prevê uma alteração na sinalização do desvio. Segundo o superintendente, o projeto original previa semáforos para a alternância do fluxo, já que a largura do desvio não permitiria a passagem de veículos nos dois sentidos.
A proposta que deve ser avaliada agora pelos responsáveis pelo projeto é a utilização apenas de placas informando as condições da rodovia. A mudança foi proposta pela superintendência porque o trecho aberto pelas detonações permite a passagem de veículos nos dois sentidos. Além disso, há temor quanto ao risco de assaltos a motoristas que poderiam ficar parados.
Enquanto, não há uma solução para a RS-110, moradores de Jaquirana precisam enfrentar uma estrada de chão de quase 15 quilômetros para acessar o município. Além de ter trechos íngremes, a passagem costuma ficar interrompida em dias de muita chuva. A situação afetou a economia da cidade e o orçamento de moradores, como o caminhoneiro Paulo César Padilha da Silva, de 36 anos, que transporta material de construção para Jaquirana.
"A chuva atrapalha, fica muito barro. Muitas vezes, o caminhoneiro não é acostumado a andar em estrada de chão. Isso acaba atrasando a viagem. Muitas vezes, saímos 3h ou 4h da madrugada e tem de estar esperando máquina para puxar trator, o que acaba atrapalhando tudo", conta.
A cratera na RS-110 fica a 3 quilômetro do acesso principal a Jaquirana e abriu no dia 5 de junho. Após a abertura do desvio, o próximo passo é a reconstrução da estrada, que depende de projeto e licitação e ainda não tem data para começar.