Cerca de 117 mil bovinos estão sendo vacinados contra a raiva herbívora em São Sepé, na Região Central. A estimativa é da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa).
No início deste mês, trinta bovinos morreram nas localidades de Mata Grande e Barrondão, interior de São Sepé, conforme a Inspetoria Veterinária do município. Um deles foi diagnosticado com a doença após análise do setor de virologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a suspeita é que os outros 29 também tenham morrido em consequência da raiva herbívora. A orientação é que todos os bovinos de produtores da cidade recebam a vacina. Foram registrados casos da raiva em Caçapava do Sul, Bagé, Lavras do Sul e Dona Francisca.
Uma equipe da Seapa esteve nos locais para combater o morcego transmissor como medida de prevenção. Foram encontrados 12 morcegos em casas abandonadas em São Sepé.
Transmissão e sintomas da doença
Qualquer animal contaminado com a raiva herbívora (bovino, equino, suíno, gato, cachorro, morcegos) pode transmitir a doença para o homem. A contaminação acontece pelo contato com a saliva do animal doente, seja por lambida ou mordida.
Entre os sintomas, estão as mudanças de comportamento nos animais (agitação, falta de apetite, nervosismo, isolamento, fraqueza, paralisia dos membros, salivação abundante, dificuldade para engolir e se levantar).
A morte se dá entre quatro e seis dias após o início dos sintomas.
Vacinação
A procura pela vacina em São Sepé é grande. Pelo menos 40 mil já foram comercializadas até agora. Após a primeira dose, os animais devem receber a segunda após 21 dias.