O Ministério Público (MP) deve demorar um pouco mais para se manifestar sobre os novos inquéritos do caso Kiss, apresentados no dia 18 do mês passado. Inicialmente, o MP sinalizou que em até 30 dias se manifestaria sobre o caso. De acordo com Joel Dutra, um dos promotores envolvidos, o prazo será estendido até o começo de setembro.
A necessidade de se ter um tempo maior se dá em função da complexidade dos novos inquéritos, segundo Joel Dutra. Ao todo, o material a ser analisado contabiliza mais de 4 mil páginas distribuídas em 18 volumes:
“Analisamos 60% do material. Acreditamos que até o fim do mês ou, no máximo, na primeira semana de setembro tenhamos finalizado essa análise”.
Depois de os promotores analisarem o inquérito, o material é encaminhado ao Judiciário. Lá, será decidido por três situações: arquivamento, denúncia ou pedido por novas averiguações. Porém, antes de o MP destinar o material à Justiça, os promotores se comprometeram em comunicar, primeiro as famílias das vítimas, sobre o teor da decisão:
“Antes de encaminharmos qualquer situação ao Judiciário vamos fazer (o comunicado) às famílias”.
No documento, encaminhado pela Polícia Civil ao Ministério Público, no mês passado, 18 pessoas foram indiciadas por cinco tipos de crime: falsidade ideológica (11), prevaricação (1), fraude processual (1), falso testmunho (3) e crime ambiental (6). Outro inquérito, que trata de improbidade administrativa, foi concluído e enviado ao Ministério Público.