Uma história brutal, narrada do fim para o começo. No início, vemos um homem esmagar a cabeça de outro com um extintor de incêndio. Algumas sequências depois, mais violência: uma mulher é estuprada em uma passagem subterrânea de metrô. Mais adiante, ficamos sabendo que o homem massacrado da primeira cena é o estuprador, e que o assassino é o marido da vítima. A história termina com uma cena quase bucólica de paz e tranquilidade, cronologicamente anterior aos terríveis episódios narrados no filme. O cinema concretiza o que na vida é apenas uma fantasia: inverte a lógica do tempo e dá pause em um instante de felicidade. O efeito no espectador, porém, é exatamente oposto ao do apaziguamento.
Opinião
Cláudia Laitano: "A história pessoal de quem sofreu uma violência é irreversível"
A colunista escreve aos sábados em ZH
Cláudia Laitano
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