Desde o dia 02 de julho, 251 imigrantes ganeses desembaracaram em Caxias do Sul. Todos entraram legamente no Brasil com vistos válidos para a Copa do Mundo. O destino no Brasil não é Caxias do Sul, mas sim São Paulo e a cidade catarinense de Criciúma. Porém, a maior facilidade em conseguir o protocolo de refúgio junto à Polícia Federal em Caxias tem feito com que o imigrantes procurem a cidade da Serra Gaúcha. Porém, a maioria não fica em Caxias. A Polícia Federal de Caxias do Sul passou a limitar o número de registro de protocolos de refúgio na cidade.
De acordo com o Delegado Noerci Mello, a capacidade de atendimento em geral das unidades da PF é de 20 atendimentos a imigrantes por dia. Conforme a coordenadora do Centro de Atendimento ao Migrante de Caxias, irmã Maria do Carmo Gonçalves, cerca de 50 ainda permanecem em Caxias. Enquanto não conseguem os documentos, eles têm sido abrigados no seminário Nossa Senhora Aparecida, que fica próximo aos Pavilhões da Festa da Uva. Dos que chegaram a Caxias, a maioria é de homens. Duas mulheres vieram a Caxias, mas já foram embora. Um adolescente de 17 anos, desacompanhado, chegou à cidade. Ele foi atendido pelo Conselho Tutelar.
Segundo a agência de notícias France-Presse (AFP), o governo de Gana afirmou que os argumentos para os pedidos de refúgio dos ganeses no Brasil são falsos. Segundo o ministro-adjunto da Informação do país africano, Felix Kwakye Ofosu, não há conflito religioso afetando Gana neste momento. Conforme Ofusu, diplomatas ganeses estão trabalhando com as autoridades brasileiras para investigar o caso.
O Ministério da Justiça, que preside o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), garante que enviará representantes às cidades para entrevistar os estrangeiros, mas não estipula prazo para a atividade.
Gaúcha
Pelo menos 50 ganeses permanecem em Caxias do Sul
Desde o início do mês, 250 desembarcaram na cidade, mas nem todos ficam na Serra
Suelen Mapelli
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