A reportagem da rádio Gaúcha Serra esteve no seminário Nossa Senhora Aparecida, em Caxias do Sul, na manhã deste sábado (12), onde os imigrantes estão abrigados. Questionados sobre as afirmações do ministro-adjunto ganês, eles confirmaram que o país não está em guerra, nem passa por conflitos religiosos. Eles afirmam que deixaram Gana porque o país passa por uma grave crise econômica. Não há emprego nem mesmo para as pessoas que frequentaram universidades. Os imigrantes relatam que deixaram o país para procurar emprego, pois temem que as dificuldades financeiras enfrentadas pelo país fomentem a formação de facções criminosas.
Conforme a agência de notícias France-Presse (AFP), o governo de Gana afirmou que os argumentos para os pedidos de refúgio dos ganeses no Brasil são falsos. Segundo o ministro-adjunto da Informação do país africano, Felix Kwakye Ofosu, não há conflito religioso afetando Gana neste momento. Segundo Ofusu, diplomatas ganeses estão trabalhando com as autoridades brasileiras para investigar o caso. O Ministério da Justiça, que preside o Comitê Nacional para Refugiados (Conare), garante que enviará representantes às cidades para entrevistar os estrangeiros, mas não estipula prazo para a atividade.
Desde o início deste mês, 250 ganeses procuraram ajuda em Caxias do Sul. Boa parte vem para a cidade serrana apenas para conseguir os documentos. Depois, boa parte deles segue para Criciúma, em Santa Catarina, e São Paulo. Pelo menos 50 permanecem em Caxias.
Gaúcha
Ganeses afirmam que estão Brasil para fugir de crise econômica
Desde o início do mês, 250 já passaram por Caxias do Sul
Suelen Mapelli
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