Foguetes e morteiros foram disparados a partir da Faixa de Gaza contra o sul de Israel neste sábado, após o período de trégua humanitária de 12 horas acordado entre o Hamas e o governo israelense - que terminou às 20h (14h, no horário de Brasília). No começo da tarde, Israel havia decidido prorrogar o cessar-fogo temporário por mais quatro horas.
O movimento islâmico palestino Hamas reivindicou os disparos feitos ao sul de Israel. Foram lançados pelo menos sete foguetes, dois deles sobre Tel Aviv. Antes do comunicado do Hamas assumindo os disparos de foguetes, um porta-voz do grupo no poder na Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, alertou para a ausência de acordo "sobre uma extensão de quatro horas do cessar-fogo", mas sem rejeitar de forma clara uma ampliação da trégua.
A porta-voz do Exército de Israel, Avital Leibovich, disse neste sábado, em sua conta no Twitter, que já foram feitos três ataques contra Israel desde o anúncio da intenção do país em estender o cessar-fogo até a meia-noite (18h, horário de Brasília). Leibovich, no entanto, não indicou se Israel responderá aos ataques.
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Na última postagem da porta-voz nas redes sociais, depois de já ter anunciado dois ataques contra o país, ela interpreta que o Hamas não aceitou prorrogar a trégua humanitária.
- Terceiro ataque de foguetes desde o cessar-fogo humanitário. Vou parar de contar agora. Obviamente, Hamas mandou sua mensagem violenta de mais terror para Israel - escreveu.
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O número de palestinos mortos desde o dia 8 de julho, quando começou a ofensiva, já passa de mil, entre eles 192 crianças. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% dos mortos são civis. Do lado israelense, 37 soldados morreram em combate, além de dois civis e um trabalhado rural tailandês, que foram atingidos por tiros de morteiro.
*AFP e Agência Brasil
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