As aulas de autoescola no Rio Grande do Sul vão continuar tendo os simuladores como opção. O presidente do sindicato dos CFCs, o SindiCFC, Edson Cunha, garantiu, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quarta-feira (28), que o equipamento foi aprovado pelos alunos.
“Muitos disseram que queriam aulas a mais”, explicou. Segundo Cunha, foram gastos mais de R$ 30 milhões para a implantação dos equipamentos.
A discussão sobre os simuladores voltou à tona porque hoje à noite, na Câmara dos Deputados, pode ser votado projeto que suspende o uso dos equipamentos em autoescolas. A medida foi aprovada no ano passado e a maioria dos CFCs do Rio Grande do Sul já se adaptou, garantiu o diretor técnico do Detran, Ildo Mário Szinvelski
“Temos 96% do Estado com os equipamentos. Apenas oito CFCs ainda estão instalando”, explicou. “Esse projeto do Legislativo é um desserviço à sociedade brasileira e à segurança no trânsito”, lamentou. “Se acontecer (de o projeto ser votado), vamos continuar oferecendo esse serviço como opcional”, garantiu Cunha.
Szinvelski ressaltou que o Rio Grande do Sul se adaptou rapidamente ao uso dos equipamentos, flexibilizando as aulas para os alunos. “Quem abriu o processo (de obtenção da carteira de motorista) a partir de 2 de janeiro pode fazer as aulas com simuladores a qualquer tempo”, explicou. Ele ainda garantiu que alunos que tiveram e têm problemas para ter as aulas com simuladores podem se transferir para outros CFCs.
Cunha e Szinvelski admitiram que houve problemas no início da implantação do sistema, mas garantem que é um importante instrumento pedagógico. “Precisamos preparar e formar melhor os nossos condutores”, afirmou Szinvelski.