Ao chegar em casa em Porto Alegre após o jogo da noite em Bento Gonçalves, o árbitro Márcio Chagas da Silva encontrou a mulher, Aline, dormindo. Estava sob forte efeito das agressões racistas sofridas no estádio horas antes na Serra. Ofensas do tipo "macaco safado" e "volta para a selva, negro" que ouvira na partida não lhe saíam da cabeça. Queria desabafar, mas não acordaria a mulher no início da madrugada. Foi ao quarto do filho, Miguel, de 10 meses, que também dormia, e decidiu: não se calaria diante da humilhação.
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