O primeiro ministro da Malásia, Najib Razak, confirmou em uma manifestação à imprensa em Kuala Lumpur, capital do país, que o avião da Malaysia Airlines, desaparecido há mais de duas semanas, caiu no Oceano Índico, longe de sua rota original.
A informação partiu de dados da empresa Inmarsat, que descobriu comunicações de satélite com a aeronave que sumiu com 239 pessoas a bordo. Os cálculos que confirmaram a última localização do avião foram feitos por investigadores britânicos.
O voo que iria para China mudou de rota no meio do caminho em um giro de 180 graus, e voou para o corredor sul. Ele seguiu por milhares de quilômetros nessa direção e, no Oceano Índico, caiu no mar. O primeiro ministro confirmou que não há sobreviventes.
"É com profunda tristeza e pesar que devo dizer que o voo MH370 terminou no Sul do oceano Índico", afirmou Najib Razak nesta segunda-feira.
Novos cálculos revelaram que a última comunicação do avião com os satélites ocorreu a milhares de quilômetros a sudoeste da cidade de Perth, na Austrália, em uma região isolada e sem pistas de pouso. A região onde caiu o avião é condizente com as últimas notícias de detecções de possíveis destroços por satélites chineses, australianos e franceses.
Voo MH370
O voo MH370 saiu de Kuala Lumpur em direção a Pequim, na China, na madrugada de 8 de março e desapareceu do radar 40 minutos depois de decolar. O avião transportava 227 passageiros, incluindo sete menores, além da tripulação de 12 malaios.
Pelo menos 26 países integraram as buscas pela aeronave. Satélites de 15 nações foram utilizados para garantir a localização.
Mistério
Embora as autoridades tenham confirmado o local da queda da aeronave, o mistério continua. Desde os primeiros dias após o sumiço, várias teorias sobre o desaparecimento foram cogitadas, como sequestro, falha humana, falha mecânica, desintegração no ar.
Ainda não está claro como o avião mudou de rota e por que as comunicações foram desligadas. As investigações continuam.