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Ele não parece pesar nem 50 quilos, também não é especialmente bonito ou animado no palco, mas MC Guimê levou mais gente do que todas as atrações do palco pretinho juntas. O mar de gente se estendia bem além da tenda, dos banheiros químicos, dos estandes com atrações dos patrocinadores, só não passava dos portões de entrada do Planeta Atlântida.
- Ele é novidade, ainda mais no Rio Grande do Sul - explicou Daniela Aires, de 20 anos, que esperava pelo funkeiro desde as 17h.
No auge da fama, o grande nome do funk ostentação pisou no palco só às 2h de domingo, escoltado por duas dançarinas de maiôs transparentes e um DJ. Ele veio de óculos escuros, boné virado para trás e as tatuagens que sobem pelo corpo até o olho. Além dos próprios hits, cantou vários clássicos do funk carioca e do hip hop, como Camarote, do MC Daleste, Ela É Top, do MC Bola, Rap da Felicidade, de Cidinho e Doca. Na hora do improviso, arrancou gritos ao falar do Rio Grande do Sul e ao mencionar Chorão.
Os hits próprios focavam no tênis Nike no pé, um sonho que ele tinha quando menino, em carrões como um land hover, e nas mulheres. No repertório não faltou o maior hit, Plaque de 100, e Na Pista eu Arraso. Mas o ponto alto da noite foi o encontro do funk de Guimê com o hip hop de Emicida que entrou no palco para cantar a parceria dos dois, País do Futebol.
Apesar de ainda estar na categoria de músico "revelação", Guimê tem fãs dedicados.
- Eu até passei mal, mas não arredo o pé daqui até ele sair - disse Paula Ariane Almeida, de 16 anos, que já foi a todos os shows do funkeiro em Porto Alegre.
Já Fernanda Damazio, 18 anos, perseguiu Guimê por todo o estado. Recebeu ele no aeroporto Salgado Filho às 6h de sexta e descobriu o hotel em que estavam no litoral.
- Já vi onze shows dele - orgulha-se Fernanda.