Diante da sindicância aberta pela secretaria Estadual da Educação para investigar irregularidades no Colégio Estadual Julio de Castilhos, o Sindicato dos Professores reagiu.
Considerando uma "perseguição" a reação do Estado, que foi tomada após reportagem de ZH revelar o cotidiano de uma sala de aula do Julinho durante todo o ano letivo de 2013, a direção do Cpers pretende dar "todo o apoio" à instituição, colocando sua assessoria jurídica para defender a escola.
Hoje à tarde, a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, irá pessoalmente ao Julinho para manifestar solidariedade e oferecer a assessoria.
- Não vamos admitir que o governo jogue sobre os ombros dos trabalhadores sua incompetência e a falta de priorização da educação. Essa escola é o reflexo do que acontece em todas as escolas, não é um caso isolado - afirma Rejane.
Segundo ela, a instituição chegou a cogitar a divulgação de uma lista de escolas nas mesmas condições do Julinho, mas voltou atrás por medo de represálias contra as instituições.
Fruto do acompanhamento de uma turma de primeiro ano do Ensino Médio na instituição durante todo o ano letivo, a reportagem narrou questões como a recorrente falta de professores e as controversas que envolvem a implantação do Ensino Médio Politécnico, criticado por boa parte dos professores como uma manobra do governo para facilitar a aprovação, maquiando índices de evasão e repetência.
Na avaliação do secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo, os problemas apontados na matéria seriam fruto de "má gestão" na escola, e não um retrato da educação pública.