Uma das empresas envolvidas na fraude do leite fez a entrega de cinco motos para a Brigada Militar (BM) nesta terça-feira (10). O valor dos equipamentos, de R$ 100 mil, corresponde a uma das parcelas que a companhia Goiasminas, responsável pela fabricação do leite Italac, deve pagar ao Estado. A multa total é de R$ 1,8 milhão.
As empresas BRF e a LBR, responsáveis pelo leite Bom Gosto, também entraram em acordo com o Ministério Público gaúcho para o pagamento da dívida, também de R$ 1,8 milhão, em parcelas. Além da BM, outros órgãos públicos serão beneficiados, como o Corpo de Bombeiros, Instituto Geral de Perícias, Polícia Civil, Secretaria Estadual da Fazenda, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), entre outros.
Motos
As motos concedidas à BM serão utilizadas para reforçar o policiamento na área do 9º Batalhão, responsável pela região central da capital. Segundo o comandante da corporação, coronel Fabio Duarte, pontos com maior incidência de roubos e furtos a carros terão o monitoramento ampliado.
“Iremos reforçar a presença da Brigada nos bairros Bom Fim, Rio Branco, Floresta, Independência, além de pontos da avenida Assis Brasil”, relata.
Operação Leite Compensado
A operação está dividida em várias fases. A primeira foi realizada no dia 8 de maio deste ano nas cidades de Ibirubá, Horizontina e Guaporé com o objetivo de coibir o uso de formol no leite. As investigações viraram processos judiciais com 12 réus em Ibirubá, dois em Guaporé e um em Horizontina.
No final de maio, o MP desarticulou mais dois núcleos sobre a fraude no leite, um em Três de Maio e em Rondinha. No primeiro município, o processo tem dois réus e na segunda cidade tem cinco réus.
Em 7 de novembro, a terceira fase da Operação foi realizada em Nova Candelária e em Três de Maio, no noroeste gaúcho. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em locais onde água oxigenada seria utilizada para reutilizar leite vencido.