Sem encontrar indícios que apontem crime ou negligência no rompimento de 6 metros do dique do Rio Gravataí, que alagou cerca de 700 casas no bairro Sarandi, Zona Norte de Porto Alegre, a Polícia Civil solicitou à Justiça o arquivamento do inquérito sobre o caso. A ruptura da estrutura ocorreu no dia 31 de agosto e foi considerada a maior tragédia dos últimos anos pela Defesa Civil.
- Não achei elementos para fato criminoso. Não havia como pegar uma autoria, até porque a perícia foi prejudicada. Não tinha como isolar o local. Não se pode dizer se aconteceu por uma ação humana ou causa natural. É bem difícil investigar isso - afirma o delegado Omar Abud, da 22ª DP.
Foram atingidas as vilas Asa Branca, Brasília e Elisabete. Conforme o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), uma ação intencional no Arroio Feijó, que represa o Rio Gravataí, poderia ter provocado a abertura do vão no dique. A polícia, porém, não confirmou a hipótese durante as investigações e ressaltou que a prefeitura da Capital não foi negligente.
- O acúmulo de água foi acima das proporções normais. A negligência pode existir num caso de chuva normal, não nesse, que foi atípico - conclui Abud.
VÍDEO: veja como foi o alagemento na Zona Norte
Em galeria, veja imagens do alagamento:
Em mapa, confira a localização do dique: