Ainda aguardando o fim das obras da ciclovia da Avenida Ipiranga, prevista para a metade de 2014, ciclistas da Capital que percorrem o trecho já concluído se veem diante de uma barreira.
Uma mureta foi construída sobre uma das pistas, na esquina da Ipiranga com a Rua Santana. Com cerca de 70 centímetros de altura e 1m80cm de largura, a mureta atrapalha quem precisa se deslocar no sentido bairro-centro.
- Interfere na segurança dos ciclistas. Tenho medo de andar à noite e, sem ver, dar uma trombada no local - relata o piloto Felipe Abreu, 44 anos, que costuma andar de bicicleta pelo menos duas vezes por semana na ciclovia. Ele também reclama que muitos pedestres costumam trafegar na pista e que, com o novo obstáculo, a possibilidade de desvio fica prejudicada.
Segundo o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação, Vanderlei Cappellari, a construção é uma proteção do guarda-corpo da ponte, que é tombada, sobre o arroio Dilúvio. O muro já existia antes da execução da ciclovia e teve de ser retirado em função das obras. Ele foi apenas recolocado no trecho, de acordo com Capellari.
- Foi feita uma consulta à Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural (EPAHC) para analisar a possibilidade de deixar a ponte sem a mureta, mas, segundo o entendimento do órgão, ela é importante. Na nossa avaliação técnica, não seria necessário - avalia Cappellari.
Ele afirma que a obra ainda está em andamento e que terá vistoria dos fiscais da EPTC depois de concluída. Mesmo com um cone para alertar os ciclistas, a mureta não é vista, à distância, por muitos usuários da ciclovia.
- Eu me atrapalho na hora de entrar na pista, depois de atravessar a Rua Santana, pois às vezes ingressamos em alta velocidade e não tem como ver a barreira. Preciso desviar. Achei muito ruim - lamenta o estudante Lucas Siqueira, 16 anos, que frequenta a ciclovia diariamente.
Capellari informa que, após o término da obra, serão colocados sinalizadores específicos para quem trafega na pista, o que diminui o risco de acidentes envolvendo ciclistas no local.
