Ativistas do Bloco de Luta pelo Transporte Público transformaram uma entrevista coletiva em um ato de protesto contra a ação da Polícia Civil, que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de líderes do movimento.
A manifestação ocorreu no início da tarde desta quarta-feira, em frente ao prédio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na região central de Porto Alegre. Desta vez, Bloco de Lutas admitiu, na entrevista, a presença de veículos de comunicação que haviam sido vetados pelo grupo em ocasiões anteriores.
Representante da Federação Anarquista Gaúcha, Lorena Castillo criticou a administração de Tarso Genro, afirmando que é a "ditadura vestida de governo". Ela e outros líderes do movimento também criticaram o Grupo RBS, afirmando se tratar de uma "ditadura midiática".
Matheus Gomes, representante do PSTU que teve a casa inspecionada pela Polícia Civil na terça-feira, afirmou que a ação pegou as pessoas de surpresa e causou constrangimentos à sua família. Um jovem que se identificou como Vicente, morador do Libertário Moinho Negro (uma comunidade de ativistas), defendeu a demissão do comando da Brigada Militar (BM) e do secretário da Segurança, Airton Michels.
Na próxima sexta-feira, o Bloco de Lutas deverá fazer uma manifestação para lembrar o primeiro ano do episódio do Tatu Bola, um símbolo da Copa de 2014, que gerou um confronto entre ativistas e Brigada Militar no Largo Glênio Peres.