As chamas que consumiram parte do prédio do Mercado Público não queimaram apenas paredes, mercadorias, histórias. Também queimaram fé. Considerado um dos mais importantes templos do sul do país, o local faz parte dos rituais cumpridos pelos praticantes das religiões afro-brasileiras, que acreditam estar ali um ponto de convergência de energias, além de ser a morada permanente da divindade máxima, um orixá. Sem o Mercado, não é possível performar as cerimônias religiosas que têm lugar ali todos os dias, desde a fundação. Com as portas fechadas, a religiosidade perde seu principal ponto de contemplação, reverência e prática espiritual.
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