De longe, Jonas comemorou a volta do amigo Renato Portaluppi ao Grêmio (na foto, os comemoram um gol, junto com André Lima). A pedido de Zero Hora, o atacante do Valencia-ESP recordou alguns dos momentos vividos com o treinador em 2010, que evidenciam o ambiente positivo do vestiário.
Foi o melhor momento de Jonas no Grêmio. A prova foram os 23 gols, que fizeram dele o goleador do Brasileirão. A parceria foi desfeita em 2011, com a venda de Jonas às vésperas da estreia na Libertadores. Confira o que ele contou.
O dono do letreiro
"Uma passagem boa é a do letreiro. Quando tinha reunião do grupo no gramado do Olímpico, o Renato apontava para a marquise e dizia: "tão vendo aquele letreiro lá no alto? Sabem ler, né?! Tá escrito Grêmio Campeão do Mundo. Fui eu que botei aquilo lá!"
Disputa de goleadores
"Tem uma história engraçada que eu sempre lembro. O Renato dizia para eu representar bem a camisa 7, mesmo número que ele usou em grandes conquistas pelo Grêmio. Só que ele se "deu mal", porque eu o passei em número de gols pelo Grêmio. Fiz 78 e ele fez 74, se não me engano. Isso vai ficar para sempre (risos). E quando eu estava me aproximando, fazia terrorismo com ele. Dizia: "olha que eu tô chegando! Faltam três, faltam dois! Você não vai aguentar..." Mas sempre foi uma brincadeira saudável. Tanto que, no jogo que empatei, fui dar um abraço nele na beira do campo e falei: "vou passar você!" E ele respondeu: "tomara".
O fim da faixa
"Mas acho que a história campeã é a da faixa (risos enquanto conta). Um dia fomos treinar no gramado suplementar e tinha uma faixa minha, daquelas que Geral faz com o rosto do jogador, do lado de uma faixa do Renato. Aí eu passei correndo por ele e falei algo assim: "lado a lado já, hein, Renato?!" Ele só me olhou. No outro dia, eu tinha treino de força, nem ia para o campo. Do nada o Renato apareceu na sala de musculação e me puxou pelo braço: "vem cá". Me levou até o suplementar e mandou: "cadê a sua? A estrada é longa, meu filho". Tinham tirado a minha faixa, só a dele ainda estava na tela. Eu dei muita risada. Isso é bem a cara dele."
Saudades do ambiente
"Vivemos um momento muito bom em 2010. O vestiário era alegre, com bom relacionamento entre jogadores, comissão técnica e dirigentes. O Rui (Costa, hoje diretor executivo) também estava naquela época e ajudou demais. Claro que o resultado de campo também contribuía, né?! Nosso time encaixou e conseguiu uma regularidade importante. Falando por mim, foi uma época maravilhosa, um grande ambiente, do qual sinto saudades."