Nada mais apropriado que, sendo esta sexta-feira o Dia Internacional da Mulher, eu arrole nesta coluna todas as mulheres que foram nesta vida significantes para mim.
A começar por minha mãe, que morreu quando eu tinha apenas dois anos de idade, daí que carrego um estigma terrível: não me lembro da figura da minha mãe.
Mas em breve não há dúvida de que me encontrarei com ela, no céu, lugar merecido, é certo, por minha mãe.
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A seguir apareceram em minha vida de criança as minhas duas tias, irmãs de meu pai, Nila e Lita, que me criaram até os nove anos. Foram elas que embalaram o meu destino.
Depois, meu pai casou-se de novo e surgiu minha madrasta, dona Zica, a minha primeira cozinheira, que lavava minha roupa e engraxava os meus sapatos com aqueles cuidados de uma verdadeira mãe.
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Bem mais tarde, apareceu em minha vida minha ex-mulher, Ieda, com ela tive dois filhos mimosos, entre eles uma mulher importante em minha vida, minha filha Fernanda. Ieda foi também importantíssima em minha vida.
Depois, surgiu minha segunda e atual mulher, creio que última: Inajara. A esta mulher coube o papel mais espinhoso: cuida da minha velhice, administra as minhas manias, vela os meus desmazelos e serve, nas noites e nas madrugadas, de minha enfermeira. Com ela, tive e tenho uma filha, Ana Paula, hoje com 25 anos, filhinha querida do papai.
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Essas foram as mulheres centrais da minha vida. Mas há tantas outras mulheres fulcrais em minha vida, como as minhas dentistas, as minhas médicas, as minhas enfermeiras, que me assistiram em mais de uma dezena de cirurgias que sofri. Todas elas foram devotadas comigo, nunca jamais as esquecerei.
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E nesse intermezzo surgiram algumas namoradas minhas, que não foram inúmeras, mas também não foram poucas.
A mais ilustre de todas, conheci-a em Tapes, no período mais feliz da minha vida, como esquecer aqueles olhos grandes e azuis que me pareciam as janelas do céu?
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E tantas e tantas outras mulheres passaram pela minha vida, sendo para mim tocantes ou até mesmo as que não me tocaram.
Você, que é meu leitor ou minha leitora, quantas mulheres já foram importantes na vida de vocês? Não tem conta.
A mulher foi criada por Deus para sublimar a vida. Tanto que a mãe de Deus, a Virgem Santíssima, Maria, a advogada nossa junto a Deus, foi escolhida para se emparceirar com a Santíssima Trindade e inocular fé e esperança nos corações da humanidade.
Portanto, no Dia Internacional da Mulher, mando um abraço a todas as mulheres e lembro que escrevi dias atrás que dia haverá em que o Vaticano escolherá uma papisa.
Opinião
Paulo Sant'Ana: "Mulheres"
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