Há exatos 200 anos foi publicado o livro Orgulho e Preconceito, pela britânica Jane Austen. Se alguém apostasse naquela época que o romance se tornaria mundialmente reconhecido e viria a ser considerado um dos melhores de todos os tempos, estaria apostando em um azarão. Na Inglaterra vitoriana, ser uma mulher e escritora era considerado um escândalo, tanto que o nome de Jane Austen sequer consta nas primeiras edições de seus livros. Em Razão e Sensibilidade, seu primeiro romance, consta "Por uma lady". Orgulho e Preconceito trazia a inscrição "do mesmo autor de Emma". Apesar disso, Jane, que concluiu o livro com 20 anos, nunca escondeu da família e dos amigos que a era a autora dos livros, e sua fama se espalhou pelo país.
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Para o americano Laurence Mazzeno, autor de "Jane Austen: Two Centuries of Criticism (Literary Criticism in Perspective)", (em tradução literal Jane Austen: Dois Séculos de Crítica (Crítica Literária em Perspectiva) e Presidente Emérito da Alvernia University, na Pennsylvania, o fato de Austen ser mulher não foi o fato principal que fez com que seus livros levassem décadas para começarem a despertar o interesse do público.
Literatura
Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, completa 200 anos como um dos melhores romances de todos os tempos
O livro foi lançado numa época em que uma mulher ser escritora era motivo de escândalo
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