Neymar isola pênalti e Seleção Brasileira empata com a Colômbia em 1 a 1 nos EUA

Se o fã de futebol analisar o confronto desta noite - o de número 1000 da história da Seleção e que terminou no início da madrugada desta quinta, no Brasil - pelo ranking da Fifa, o 1 a 1 com a Colômbia, nos Estados Unidos, pode ser conceituado como justo.

Décimo segundo na mais recente lista, o Brasil bem que tentou, foi melhor, teve mais volume de jogo, mas não conseguiu derrotar o adversário, nono na mesma lista.



Depois de sair atrás no placar em chute cruzado do lateral Cuadrado, aos 43 minutos do primeiro tempo, o time de Mano Menezes buscou o empate aos 18 do segundo, com um golaço de Neymar - que, aos 35, isolou a bola em um pênalti sofrido por Daniel Alves.

Semana que vem, o Superclássico das Américas, em La Bombonera, dará fim à temporada 2012 da Seleção.

Primeiro tempo

Com cara de Eliminatórias, o jogo começou veloz e, ao mesmo tempo, com o foco na saída de bola. Logo aos dois minutos, Daniel Alves arriscou um chute de fora da área depois de o Brasil trocar passes entre todos os meio-campistas: Kaká, Oscar, Thiago Neves, Paulinho e Ramires.

Foi uma amostra do que seria a etapa inicial: muito mais brasileira do que colombiana - afora o placar -, com três oportunidades claras de gol: Kaká, aos 17 e aos 31, e Neymar, aos 23.

O primeiro chute rival veio aos 12. Após ótima troca de passes, Falcao García dominou na entrada da área e rolou para o meio. Rodríguez emendou, mas a bola bateu em Thiago Silva. Aos 15, nova chance, desta vez pela esquerda, com Armero e Rodríguez executando a proposta da Colômbia na partida: jogar às costas dos laterais brasileiros, sempre em velocidade. O cruzamento, no entanto, saiu em escanteio.

A primeira grande oportunidade brasileira ocorreu aos 17 minutos. Em um contra-ataque, em velocidade, tocando a bola, Oscar arrancou e viu Kaká passar pelo lado direito, na entrada da área. Consciente, o meia do Real Madrid bateu no canto direito de Ospina. Para fora. Muito perto da trave.

Colômbia e Brasil nitidamente foram instruídos a adiantar seus jogadores. Marcavam a saída de bola sempre, no mínimo, na intermediária de ataque. No caso colombiano, com Martínez e Falcão cercando, e Torres e Rodríguez na sobra, com dois volantes às costas, no esquema 4-4-2. O caso brasileiro ocorria no 4-2-3-1, com Paulinho e Ramires como volantes, e Oscar (pela direita), Kaká (pelo meio) e Thiago Neves (pela esquerda), pressionando a saída, com Neymar à frente.

Seguiu assim: com o Brasil tendo um volume de jogo maior que uma Colômbia, taticamente, bem postada e que, se penava para parar o quinteto brasileiro no meio, saía para o jogo em velocidade e trocando passes que rapidamente encontravam o ataque.

Aos 23, o cruzamento de Daniel Alves, da direita, encontrou Neymar, que, livre, à queima-roupa, cabeceou em cima de Ospina na mais clara chance de gol do primeiro tempo. No susto, o goleiro espalmou. Aos 31, Kaká recebeu passe na entrada da área, limpou e bateu. Ospina pôde apenas observar a bola beijar o travessão e voltar.

Aos 35, Neymar arriscou o chute. Por cima. E, aos 37, uma excelente troca de passes, que começou com um drible de Neymar, na ponta esquerda, e continuou com uma tabela entre Oscar e Kaká, terminou com Daniel Alves fazendo a ultrapassagem e cruzando com mais força do que o necessário para Thiago Neves, que dominou mal e chutou sem precisão. A zaga amorteceu e afastou.

No ataque seguinte, foi a vez da Colômbia assustar no prenúncio do que aconteceria em questão de cinco minutos. No lado esquerdo da grande área, o ex-lateral do Palmeiras Armero chutou forte, mas por cima.

O retrato de uma aposta tática e técnica deu resultado. Para a Colômbia. Aos 43 minutos, depois de criar as melhores chances, depois de ter mais volume de jogo, depois de errar algumas saídas de bola e de observar os laterais adversários ao longe, a Seleção viu Cuadrado receber passe de Rodríguez, invadir a grande área pela direita e chutar no canto oposto - o direito - de Diego Alves.