Enquanto o coronavírus avança pelo Estado, também crescem as iniciativas para auxiliar os profissionais da saúde na linha de frente da pandemia. Para aumentar a segurança destes trabalhadores, o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) fez a doação de 300 face shields (viseiras de plástico) e 10 aerosol boxes (caixas acrílicas que atuam como barreira entre o médico e o paciente) para unidades de saúde gaúchas nos dias 1º e 2 de julho.
O material, produzido pelo Centro Tecnológico de Acessibilidade (CTA) do IFRS, localizado no campus Bento Gonçalves, foi entregue para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bento Gonçalves e para o Hospital Beneficente São Pedro, de Garibaldi. O Corpo de Bombeiros do município já havia recebido 75 face shields da instituição, em 10 de junho.
O Centro estima que, desde o início da pandemia, já produziu 3,5 mil equipamentos de proteção (face shields, aerosol boxes) para unidades de saúde de 12 municípios do Estado e para o próprio Instituto. A produção é resultado de uma parceria entre o IFRS e a Fundação Escola-Empresa de Engenharia da UFRGS (FEEng), e foi possibilitada a partir da doação de insumos, como chapas de acrílico, elásticos, entre outros, pelo Sinasefe-BG e Adufrgs.
Além de produzir os equipamentos, o IFRS disponibiliza em seu site (ifrs.edu.br) tutoriais para fabricação de todo tipo de EPI, desde batas de uso hospitalar até máscaras, face shields e aerosol boxes. O Instituto pretende seguir realizando doações enquanto a pandemia estiver em curso, mas destaca que depende da doação de materiais e parcerias para seguir com o projeto. No site é possível conferir a lista atualizada de materiais em falta.
A pró-reitora de Extensão do IFRS, Marlova Benedetti, compartilhou o momento da entrega das aerosol boxes ao lado de Morgana Calza, coordenadora do Almoxarifado da Secretaria de Saúde de Bento Gonçalves, na UPA. Confira abaixo:
Novo protótipo
Além do equipamento padrão de segurança, o IFRS está desenvolvendo um novo protótipo de campânula para uso durante a pandemia. É uma espécie de caixa de ventilação colocada sobre o rosto do paciente hospitalizado com covid-19, para formar uma barreira entre ele e o profissional de saúde.
“Em razão do risco de contaminação durante o atendimento, a campânula funciona de forma semelhante à caixa para entubação (aerosol box), contudo com adequações que permitam a manipulação do paciente de forma mais prática pelo profissional”, explica Bruno Kenji Nishitani Egami, professor do Campus Farroupilha e coordenador da oficina de Tecnologia Assistiva do CTA, em comunicado à imprensa.
O novo equipamento ainda está em fase de testes.