O caiaque cross fez sua estreia nas Olímpiadas na manhã desta sexta-feira (2). Comparada à canoagem, é como se a modalidade recebesse uma injeção de adrenalina. Segundo alguns atletas, se trata de uma prova imprevisível.
— O caiaque cross é um massacre do início ao fim (...) você nunca sabe o que vai acontecer até chegar à linha de chegada — entusiasma-se a britânica Kimberley Woods, atual campeã mundial da modalidade.
No caiaque cross, quatro atletas competem entre si ao mesmo tempo. Eles iniciam a prova juntos a partir de uma rampa localizada acima da água e partem para um percurso com no máximo seis portões a jusante (acompanhando a correnteza) e dois portões a montante (contra a correnteza).
Em uma parte do percurso, todos os atletas são obrigados a completar uma rotação de 360º com a imersão da cabeça na água. Essa prática é conhecida como caiaque roll e é extremamente técnica.
— É tão diferente do slalom: quatro canoístas, uns contra os outros, colidindo uns com os outros, é uma corrida emocionante de assistir e competir — acrescentou Luuka Jones, da Nova Zelândia.
O formato da prova também muda. Começa com uma tomada de tempo contrarrelógio para determinar as chaves de cada bateria. Durante as rodadas preliminares, os dois primeiros colocados avançam às quartas e isso continua até a decisão, que entregará as medalhas em disputa.
Pelo Brasil, estão no páreo Ana Sátila, que foi medalhista de prata em 2018 no campeonato mundial e Pepê Gonçalves, medalhista de prata em 2017 e bronze em 2019.