Alison dos Santos terá que superar o segundo obstáculo em busca do tão sonhado ouro olímpico nesta quarta-feira (7) nos Jogos de Paris. Piu, como é conhecido, disputará a semifinal da Olimpíada nos 400m com barreiras a partir das 14h35min (horário de Brasília).
Medalha de bronze em Tóquio, o brasileiro estará na bateria de número 1 no estádio Saint-Denis. Caso avance para sua segunda final olímpica, voltará à pista na sexta-feira (9), às 16h45min.
Ele estará ao lado de Karsten Warholm, atual campeão olímpico e campeão mundial em 2023, um dos favoritos a subir no pódio e principal adversário de Alison na França.
Nas eliminatórias, conseguiu a passagem para a semifinal com o tempo de 48s75, na terceira posição da sua bateria. Apesar da posição, não teve dificuldades para se classificar, tendo diminuído bastante o ritmo nos metros finais.
— Atmosfera incrível. Ver o estádio lotado até o final é lindo. A ideia é fazer o necessário para passar. Não pode descartar eliminatória e semifinal. Tem que chegar. Esse round foi para sentir a pista — disse o brasileiro após as eliminatórias à TV Globo.
O paulista é um dos favoritos para subir ao pódio nos 400m com barreira. Alison realizou sua preparação final para os Jogos na Turquia. Em Tóquio, terminou na terceira colocação.
O ciclo de três anos teve uma lesão no joelho e vitórias e derrotas contra o norueguês Karsten Warholm, favorito da prova e atual campeão olímpico. Também contou com o título mundial em 2022.
Salto triplo na pista
O Rio Grande do Sul terá representante na qualificatória do salto triplo. Atleta da Sogipa, mas que treina em Portugal, Almir Júnior irá em busca da sua primeira final olímpica. Em Tóquio, acabou na 23ª colocação, longe de alcançar a briga por medalha.
A partir das 14h15min (horário de Brasília), ele tentará saltar o índice de 17m10cm para garantir vaga na decisão. Classificam-se para a final todos os atletas que alcançarem a marca. Caso 12 triplistas não cheguem aos 17m10cm, as vagas restantes serão preenchidas com os melhores resultados.
Natural de Matupá, no Mato Grosso, o atleta passou por uma mudança na forma de saltar em relação ao Japão. Ele trocou a ordem das pernas na hora de executar o salto. Ainda assim, segue confiante de que pode conquistar uma medalha em Paris.
— Eu simplesmente mudei de perna. Eu saltava direita, direita e esquerda, agora salto esquerda, esquerda, direita. Era a intenção chegar no ano olímpico o melhor preparado possível, fazendo marcas que eu sei que vão me colocar na briga por uma medalha — disse após a medalha de ouro do salto triplo no Campeonato Ibero-Americano em maio.
Almir tem como melhor marca os 17m53cm, obtidos em 2018. A marca seria suficiente para ele ser medalhista em Tóquio 2020 e nos dois últimos Mundiais.