— E aí, família, tudo bem? Como vocês estão?
Assim um dos maiores nomes do skate street brasileiro se dirigiu à imprensa logo após ser eliminado das Olimpíadas em plena fase classificatória. Mesmo ficando fora da final olímpica, o paulista Giovanni Vianna, 23 anos, estava feliz.
— O skate é assim. A gente nunca vai parar de ser skatista. A gente vai continuar andando de skate e continuar indo nos campeonatos. A cabeça está erguida, nunca abaixada. E vou estar sempre andando de skate, que é o que a gente gosta de fazer — afirmou à Zero Hora.
A felicidade estava ostentada no semblante dos três skatistas brasileiros que competiram nesta segunda (29), mesmo que nenhum deles tenha chegado sequer perto do pódio. Mesmo o paulista Kelvin Hoefler, 31 anos, que havia sido prata em Tóquio, não se abateu por terminar em sexto em Paris.
— Eu saí de cabeça erguida e satisfeito de estar em mais uma final olímpica. Não é para qualquer um, gente, é muito. Eu estava tranquilo. Já consegui ir para a final e, em Tóquio, conseguir medalha. Então, foi mais "forfun" (para se divertir, em inglês). O skate é isso, é diversão. Eu estou felizão — disse.
Por fim, o brasiliense Felipe Gustavo, 33 anos, disse que não se considera um derrotado, ainda que também tenha ficado fora da final.
— Não considero uma derrota. Acho que todo mundo aqui já é vencedor. E a gente é skatista de rua, de street e campeonato é assim. É uma cereja no bolo para a gente. O skate não é só as Olimpíadas. Lógico que a gente fica um pouco triste com o resultado. Queremos fazer sempre melhor. Mas a gente viaja o mundo por aí com nossos melhores amigos. Quantas pessoas no mundo conseguem fazer isso? Então, a nossa gratidão quando a gente está andando de skate é enorme — explicou.
O ouro ficou com o japonês Yuto Horigome. Já a prata e o bronze ficaram, respectivamente, com os norte-americanos Jaeger Eaton e Nyjah Huston.