Quando Rayssa Leal lutava pelo pódio no skate street feminino, neste domingo (28), os milhares de brasileiros presentes na Praça da Concorde vibravam quando as adversárias caíam. Presente nas arquibancadas, o skatista brasileiro Felipe Gustavo, 33 anos, pedia para os torcedores pararem. Segundo ele, esta não é a "vibe" do skate.
— O skate é muito família, cara. Não tem ninguém torcendo contra ninguém. Tipo, eu não quero que meu adversário erre. Eu quero que ele acerte para eu vir atrás e acertar também. A gente quer ver o esporte crescer cada vez mais, então isso gera uma motivação dentro da pista. A gente é muito família, a gente se gosta mesmo. A gente anda junto um com o outro e faz churrasco junto — explicou, logo após ser eliminado na fase classificatória no street masculino, nesta segunda (29).
Felipe Gustavo pediu que nas próximas competições os torcedores brasileiros apoiem os atletas do país, mas não torçam para que os oponentes caiam.
— Não é futebol — finalizou.
Após Rayssa Leal ganhar bronze no street feminino, o Brasil ainda luta por medalhas no street masculino, nesta segunda (29), com Kelvin Hoefler, e no park, masculino e feminino, na próxima semana.