A quarta-feira (31) foi de drama para os brasileiros em Paris. O dia começou com o vôlei masculino fazendo um jogo difícil contra a Polônia e perdendo a segunda na competição. Na última rodada, será necessário vencer o Egito por 3 a 0 para avançar.
Outro drama foi no futebol feminino, mas com final mais feliz. Depois de perder para o Japão e deixar a classificação antecipada escapar, o Brasil precisava ao menos empatar com a campeã do mundo Espanha para avançar sem depender de nenhum resultado paralelo.
Mas não conseguiu. Em partida que teve uma jogadora a menos durante um tempo inteiro, após a expulsão de Marta, a Seleção perdeu por 2 a 0, com gols de Athenea e Putellas. Contudo, contou com a vitória dos Estados Unidos sobre a Austrália, por 2 a 1, para avançar aos mata-matas.
A grande alegria veio no final do dia com Bia Ferreira no boxe feminino. A brasileira venceu nas quartas de final da categoria peso leve (até 60kg) e vai enfrentar a irlandesa Kellie Harrington, que a venceu na decisão em Tóquio. A medalha de bronze pelo menos já está garantida, uma vez que não há disputa de terceiro lugar no boxe olímpico.
Judô quase consegue mais uma medalha
O judô brasileiro quase conseguiu mais uma medalha em Paris. No masculino até 90kg, Rafael Macedo — atleta da Sogipa — perdeu nas quartas de final, mas conseguiu vencer a repescagem. Isso o credenciou para disputar o bronze contra o francês Maxime-Gael Ngayap Hambou.
Em uma luta equilibrada e com dois shidos para cada lado, o judoca brasileiro sofreu uma terceira penalidade faltando quatro segundos para o término da luta. A decisão do juiz gerou revolta inicialmente, até todos entenderem o que aconteceu.
Ana Sátila por pouco mais uma vez
Ana Sátila ficou fora do pódio na final da canoagem slalom nesta quarta nas Olimpíadas de Paris. Após sofrer algumas penalizações, a mineira terminou a prova em quinto lugar, com o tempo de 112.70. A vaga na final foi conquistada mais cedo, também nesta quarta-feira. Na semifinal, a brasileira terminou a prova no Estádio Náutico Vaires-sur-Marne com um tempo de 109.88.
Calderano vivo no tênis de mesa
O principal nome do tênis de mesa brasileiro é Hugo Calderano. Ele superou o francês Alexis Lebrun e conseguiu a classificação para as quartas de final do torneio individual masculino. Caso vença o sul coreano Jang Woojin na quinta-feira (1º) pela manhã, ele chega com boas chances de medalha para o Brasil.
Brasil e Nadal se despedem no tênis
Já no tênis de quadra, a participação dos brasileiros chegou ao fim. O Brasil não passou das oitavas em nenhum torneio e a última eliminação foi nas duplas feminina. Bia Haddad Maia e Luisa Stefani foram derrotadas por 2 sets a 0 para a dupla britânica.
Quem também se despediu de Paris foi o espanhol Rafael Nadal. Ele e Carlos Alcaraz foram eliminados para os competidores dos EUA. Os Jogos Olímpicos podem ter sido a última competição da carreira de um dos maiores nomes do tênis mundial.
Recorde de Ledecky e brasileira na natação
Na final dos 1500m livre da natação feminina, a estadunidense Katie Ledecky venceu mais uma medalha de ouro e conseguiu isso ao marcar 15m30s02 na prova. Esse tempo quebrou o recorde olímpico na prova. A brasileira Beatriz Dizotti participou e conseguiu terminar na sétima posição, com 16m02s86.
"Bala Loka" representou o Brasil
O brasileiro Gustavo "Bala Loka" encerrou sua participação nas Olimpíadas de Paris nesta quarta-feira (31). Na final do ciclismo BMX freestyle, ele terminou fora do pódio, na sexta colocação, com 90.20 pontos. Esta foi a primeira vez que um brasileiro disputou a modalidade nos Jogos Olímpicos. O ciclismo BMX freestyle estreou em Tóquio 2020.
Outras participações de brasileiros
O brasileiro Diogo Soares terminou na 23ª colocação da final do individual geral masculino na ginástica artística, com o somatória de 78.698 pontos, entre 24 participantes. O ouro ficou com o japonês Shinnosuke Oka, que totalizou 86.832.
No boxe masculino, Luiz Gabriel Oliveira, o "Bolinha", enfrentou o estadunidense Jahmal Harvey pelas oitavas de final da categoria até 57kg nas Olimpíadas e acabou levando a pior.
Por fim, o Brasil alcançou seu melhor resultado no triatlo na história das Olimpíadas. Depois da competição ser adiada em virtude da poluição no Rio Sena, o paulista Miguel Hidalgo terminou a prova na 10ª posição, logo na sua primeira participação olímpica. A colocação é a melhor de um atleta da América do Sul.