Em sua segunda participação, o surfe será a modalidade mais afastada de Paris. As provas serão no Taiti, a mais de 15 mil quilômetros da capital francesa. Os atletas perdem a convivência com os demais participantes na Vila Olímpica, mas isso não é necessariamente ruim para os brasileiros. Nas águas de Teahupoo, uma das melhores ondas do mundo, seis atletas do Brasil irão disputar a Olimpíada, com grandes possibilidades de medalhas para o país — em Tóquio, Italo Ferreira conquistou o ouro inédito.
O pódio pode começar por uma atleta gaúcha e havaiana. Tatiana Weston-Webb é nascida em Porto Alegre, mas radicada em Kauai, no Havaí, e tem nas ondas taitianas uma das suas preferidas. Recentemente, na etapa da World Surf League, ela conseguiu uma nota 10, algo inédito até então.
O retrospecto dela em Teahupoo é impressionante. A brasileira chegou em terceiro lugar em 2022, ano da estreia da etapa no circuito feminino, e em quinto no ano passado. Tudo que não garante, mas promete boas chances de medalha para a gaúcha na Olimpíada.
— Tô me sentindo bem, eu amo essa onda e me sinto superconfortável nela. Mas, claro que essa onda é bem poderosa e traz muito medo para todo mundo. Tenho que competir da melhor forma para chegar com chance de disputar uma medalha — afirmou a surfista em entrevista ao ge.globo.
Ela será uma das integrantes femininas na competição. Ao lado dela estarão Tainá Hinckel e Luana Silva, ambas estreantes no maior evento multiesportivo do mundo. Jovens, as duas são apostas maiores para os Jogos de Los Angeles, em 2028.
E, bom, se no feminino temos uma chance grande de levar uma medalha com uma atleta, no masculino a situação é ainda mais esperançosa para o Brasil. Três dos melhores surfistas brasileiros estarão na água. Gabriel Medina, tricampeão mundial, Filipe Toledo, bicampeão do mundo, e João Chianca, uma das promessas do surfe brasileiro, serão os representantes. Uma possibilidade de pódio triplo para os brasileiros.
Medina, inclusive, tem um ótimo histórico em Teahupo'o. Desde 2014, temporada em que conquistou seu primeiro título mundial, Gabriel Medina sempre chegou pelo menos às semifinais. Ele foi campeão em 2014 e 2018, vice-campeão em 2015, 2017, 2019 e 2023. Em 2016, o paulista terminou na terceira colocação. Ele quer apagar a má impressão causada em Chiba, no Japão, quando não conseguiu chegar ao pódio e ainda reclamou das notas dadas pelos juízes da Olimpíada.
Filipe chega em um momento diferente na carreira. Depois de ser bicampeão mundial, ele optou por preservar sua saúde mental nesta temporada, abrindo mão de disputar o circuito mundial de surfe. A preparação do surfista foi total para as águas do Taiti.
— O Brasil sempre foi conhecido como o país do futebol, porque nós sempre fomos uma potência no esporte, colocando medo nos adversários. Hoje, acredito que temos a mesma relação com o surfe — afirmou Filipinho.
27/7 (sábado)
- 14h – Surfe masculino, primeira rodada
- 18h48min – Surfe feminino, primeira rodada
28/7 (domingo)
- 14h – Surfe feminino, segunda rodada
- 18h48min – Surfe masculino, segunda rodada
29/7 (segunda-feira)
- 14h – Surfe masculino, terceira rodada
- 18h48min – Surfe feminino, terceira rodada
30/7 (terça-feira)
- 14h – Surfe masculino, quartas de final
- 16h24min – Surfe feminino, quartas de final
- 18h48min – Surfe masculino, semifinal
- 20h – Surfe feminino, semifinal
- 21h12min - Surfe masculino, decisão do bronze
- 21h53min - Surfe feminino, decisão do bronze
- 22h34min - Surfe masculino, decisão do ouro
- 23h15min - Surfe feminino, decisão do ouro