O Rio Grande do Sul e o Brasil subiram ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile. Tatiana Weston-Webb venceu no surfe feminino e fez com que o país conquistasse seu 35º ouro na competição continental (agora já são 36). A história da meio havaiana, meio gaúcha é curiosa.
Ela nasceu em Porto Alegre, mas foi criada na ilha de Kauai, no Havaí. A jovem revelação do surfe mundial é filha da bodyboarder gaúcha Tanira Guimarães e do surfista Doug Weston-Webb, inglês criado nos Estados Unidos. A surfista se mudou para o Havaí com apenas duas semanas de vida. Nos primeiros anos de competição na Liga Mundial de Surfe (WSL), Tati defendeu a bandeira havaiana —, o Havaí é considerado um Estado à parte dos EUA.
Tatiana é acostumada desde cedo com os perigosos tubos havaianos. Ela começou a surfar aos oito anos, quando ganhou sua primeira prancha. Aos 13 anos, Tati já era campeã nacional nos EUA e, aos 16 anos, conquistou o tetracampeonato.
Em 2018, ela decidiu dar um grande passo na carreira. A gaúcha resolveu passar a competir pelo Brasil. Isso fez com que ela representasse o Brasil nas Olímpiadas de Tóquio, quando foi eliminada nas oitavas de final dos Jogos.
Tati está na elite desde 2015, quando ainda defendia o Havaí. Sua melhor campanha na WSL foi em 2021, quando chegou ao Finals, mas foi derrotada por Carissa Moore na decisão e ficou com o vice-campeonato mundial.
Com o oitavo lugar no último ano, a brasileira já garantiu sua segunda participação olímpica. Ela será uma das surfistas do país nas águas do Taiti, sede do surfe nos Jogos Olímpicos de Paris.