O sonho de ouro inédito passa pela tarde desta quarta-feira (31). Uma vitória, e até um empate, contra a campeã mundial Espanha, ao meio-dia, garante o avanço aos mata-matas e renova a confiança para a sequência. A derrota pode colocar tudo a perder. Se tropeçar, o Brasil dependerá dos resultados paralelos para terminar, no mínimo, como um dos melhores terceiros.
A Seleção entende o peso do confronto para as ambições futuras. Para não cair na fase de grupos, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, o Brasil terá pouco tempo para corrigir os erros. Apenas um treino em Bordeaux foi realizado.
— Nós vamos competir contra qualquer seleção, é assim que eu penso. Acredito que o Brasil e nossas jogadoras não são piores que ninguém e a gente vai competir contra qualquer equipe, inclusive no próximo jogo. Entender os momentos da partida é muito importante para chegarmos no nosso objetivo, que é ser uma seleção vencedora — ressaltou o técnico Arthur Elias após a derrota para o Japão.
A expectativa é que este seja o embate mais difícil da fase de grupos. Após vencer a Nigéria, por 1 a 0, e perder para o Japão, por 2 a 1, o Brasil enfrentará as atuais campeãs mundiais, que estão estreando em Jogos Olímpicos. Em dois jogos, as espanholas têm duas vitórias, três gols marcados e apenas um sofrido.
— Temos de dar tudo de nós como um grupo, isso é futebol. Tudo pode acontecer. Nada está decidido — afirmou Marta, no dia seguinte ao tropeço para o Japão.
A última Olimpíada de Marta marca o fim de ciclo de uma geração. Formiga já se aposentou do futebol. E Cristiane não ganhou a oportunidade de ir à França. Em Los Angeles 2028, o Brasil terá novas referências para escrever as próximas páginas da história. Mas o sonho é por encerrar este capítulo no lugar mais alto do pódio.