O Grêmio Náutico União recebeu nesta quarta (17) o Fórum Estadual de Formação Esportiva e contou com presenças importantes no cenário do esporte olímpico no Rio Grande do Sul e do Brasil. Lars Gael, medalhista olímpico e campeão mundial de vela, Emanuel Rego, campeão olímpico e mundial de vôlei de praia, e André Heller, campeão olímpico e mundial de vôlei, foram nomes que deram palestras para atletas do clube de Porto Alegre, mas também para de todo Estado.
O evento aconteceu em parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Sindicato dos Clubes Esportivos do Rio Grande do Sul (SINCERGS) e com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Governo Federal.
— É com imensa satisfação que celebramos a realização da 6ª edição do Fórum Estadual de Formação Esportiva. Este evento, sem dúvida, representa mais um marco importante na promoção do esporte clubístico em nosso estado. Além disso, é um momento ímpar de união e colaboração entre todos os agentes envolvidos na árdua missão de formar atletas de excelência — afirmou Fernando Cruz, vice-presidente do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC).
Com bagagens em suas trajetórias como atletas, os agora ex-esportistas e gestores falaram sobre suas carreiras enquanto campeões nas modalidades olímpicas.
— Nós passamos por muitos momentos incríveis no esporte, mas aquele início fica na memória. Tanto o Círculo quanto o Clube Curitibano-PR, por onde passei como atleta, foram fundamentais para a minha formação. Mas chegou um momento que precisei tomar uma decisão: ficar na quadra ou jogar vôlei de praia. Hoje eu me dou conta que ser atleta é fazer escolhas diárias por um objetivo maior que nem sempre é palpável — disse Emanuel.
Lars foi a voz da experiência e superação. O atleta da vela falou sobre a rivalidade e a parceria com o irmão, além de contar como foi preciso se redescobrir depois de perder a perna direita em um acidente de barco. Medalhista olímpico e campeão mundial de vela, o velejador conquistou dois mundiais com mais de 30 anos de diferença entre um e outro.
— Quando a gente veleja por paixão, uma utopia pode virar um sonho, e o sonho, realidade.
O recado de André Heller foi claro: é preciso primeiro querer, depois praticar e então aprimorar cada talento, cada potencial. Ele contou sobre a negativa quando quis entrar para o time de vôlei da escola e como foi parar quase sem esperanças em um teste para entrar para um time de vôlei em um clube:
— Quando me dei conta, meus amigos estavam me empurrando para frente, e eu sem entender nada pedi explicações ao técnico. Foi quando ouvi que eu tinha potencial para ser jogador de vôlei. Ali eu me agarrei com todas as forças e precisei aprender muito, me esforçar muito para chegar naquela Seleção Brasileira histórica.
Participaram do Fórum Fernando Cruz, vice-presidente do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC), Ricardo Alves, vice-presidente do Grêmio Náutico União, a presidente do Sindicato dos Clubes Esportivos do Rio Grande do Sul (Sincergs), Maria da Conceição Nogueira Pires, o Secretário do Esporte e Lazer, Danrlei de Deus, e o Secretário Adjunto e Diretor Geral da Secretaria do Esporte e Lazer do RS, Bruno Ortiz.