A cada dia que passa, Rebeca Andrade se coloca ainda mais na história do esporte olímpico brasileiro. Nesta sexta-feira (6), a ginasta escreveu um novo capítulo na sua trajetória na ginástica artística.
Depois da prata por equipes na quarta, ela voltou ao ginásio na Antuérpia, na Bélgica, e ficou com o prata no individual geral do Mundial da modalidade — ela somou 56.766 pontos nos quatro aparelhos. Rebeca defendia o título mundial conquistado em Liverpool, em 2022, quando Simone Biles não competiu.
A brasileira ficou apenas atrás da própria Biles, a extraterrestre que compete entre as mortais. A norte-americana ficou com o ouro, com 58.399 pontos. Sua 21ª medalha em campeonatos mundiais. O bronze também ficou com uma atleta dos Estados Unidos. Promessa do país, Shilese Jones fez 56.332 pontos. A primeira vez na história do mundial que um pódio do individual geral tem três mulheres negras. Flávia Saraiva também competiu, mas ficou na 15ª posição, com quedas nas barras assimétricas e no solo.
Na primeira rotação, Rebeca começou no salto e fez 14.700, pois teve uma penalização ao cair com o pé para fora da linha de aterrissagem. Na classificatória, ela havia feito 0.200 a mais do que na final. Nas barras assimétricas, um dos seus aparelhos mais temerosos, a brasileira aumentou sua nota. Depois de fazer 13.866 na fase classificatória, tirou 14.500 na final — o que a jogou para a segunda posição.
Na trave, Rebeca mais uma vez perdeu pontos em relação às eliminatórias. Com alguns desequilíbrios no aparelho, a brasileira fez 13.500, 0.300 a menos que na fase anterior. Para fechar, o solo. Ao som de Beyoncé e Anitta, a ginasta do Brasil fez 14.066 depois de sofrer uma penalização de 0.300, por ter pisado fora do tablado na última acrobacia. A delegação brasileira chegou a recorrer da nota, mas o protesto não foi aceito.
A brasileira também vai brigar por medalhas no salto (2ª colocada), no solo (3ª) e na trave (9ª). Só vai ficou de fora da decisão das barras assimétricas. No ano passado, ficou com o bronze no solo.