Após 12 anos de ausência, a seleção brasileira feminina de basquete voltará a decidir a Copa América. Neste sábado (8), em León, no México, a equipe dirigida por José Neto derrotou Porto Rico, por 85 a 74, manteve os 100% de aproveitamento em seis jogos e agora aguarda a definição de Canadá e Estados Unidos para conhecer seu adversário da decisão, que está marcada para o domingo (9), às 21h30 (de Brasília).
O resultado teve um sabor de revanche para o Brasil, que perdeu a chance de disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio ao ser derrotado por Porto Rico, na prorrogação, durante o Pré-Olímpico Mundial de 2021. Com a vaga na decisão, a seleção brasileira está próxima de se classificar para o torneio qualificatório para os Jogos Paris 2024. Para que isso ocorra é necessário que as americanas vençam a segunda semifinal.
— Estamos muito felizes pela classificação para a final, mas viemos para sermos campeões. As jogadores não desistiram da partida em momentos algum. Não perderam a cabeça. Fomos para o intervalo atrás, mas em todos os momentos nós tivemos a mente positiva de que iríamos buscar a virada e a vitória. Elas estão de parabéns, o corpo técnico do Brasil também, que trabalhou muito para que a Tainá pudesse estar em quadra. É descansar e preparar para a decisão — comentou o treinador brasileiro.
Antes do jogo, a veterana pivô Erika foi homenageada por completar 100 jogos com a camisa da seleção. Quando a bola subiu as porto-riquenhas dominaram a primeira metade do confronto e abriram seis pontos de vantagem nos primeiros 10 minutos (22 x 16), No intervalo, a seleção caribenha liderava por três (42 x 39), após uma reação brasileira no segundo quarto. A ala Arella Guirantes, com 10 pontos e quatro rebotes, foi o destaque do primeiro tempo.
Na volta para o terceiro período, o Brasil manteve o ritmo e Tainá virou o marcador em 45 a 44. A partir desse momento, a seleção brasileira se manteve todo o tempo no comando do placar e chegou ao término deste quarto, vencendo por dois (62 a 60).
Os 10 minutos decisivos tiveram uma seleção brasileira forte na marcação e precisa nos arremessos, o que rapidamente elevou a diferença para 13 pontos (79 a 66) quando ainda restavam quatro minutos por jogar. Administrando a vantagem, o Brasil chegou à vitória e a vaga na decisão.
Com 24 pontos, cinco rebotes e quatro assistências, a ala-pivô Damiris foi a cestinha da partida. O Brasil ainda contou com 17 pontos, quatro rebotes e igual número de assistências da ala-armadora Tainá Paixão e 13 pontos da ala-pivô Emanuely.