A exatamente um ano para o início dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) reforçou os objetivos da delegação brasileira no megaevento a ser disputado na França, divulgou novidades nos programas olímpicos e apresentou atualizações nas estratégias esportivas e de marketing em evento realizado na zona sul de São Paulo, nesta quarta-feira (26).
O COB traçou como meta para Paris-2024 superar os resultados obtidos na Olimpíada de Tóquio, em 2021. No Japão, a delegação brasileira conquistou 21 medalhas, registrando a melhor participação da história. Foram sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. No final, o Brasil ficou com a 12ª colocação entre 206 países.
Para ajudar a bater a meta, o COB decidiu dar um estímulo financeiro aos atletas ao aumentar a premiação em caso de medalha. A entidade dará R$ 350 mil para quem ganhar a medalha de ouro, um aumento de 40% em relação ao que foi pago aos campeões olímpicos de Tóquio. Quem conquistar a prata levará R$ 210 mil. O bronze renderá R$ 140 mil. Esses valores dizem respeito às modalidades individuais.
No caso das modalidades disputadas em grupo (um a seis atletas), as equipes vão faturar R$ 700 mil pelo ouro, R$ 420 mil pela prata e R$ 280 mil pelo bronze.
A última categoria, a de jogadores de modalidades coletivas (a partir de sete esportistas), como vôlei e futebol, vai pagar R$ 1,05 milhões para os campeões, R$ 630 mil para os segundos colocados e R$ 420 mil aos que subirem no terceiro lugar mais alto do pódio.
Segundo o presidente do COB, Paulo Wanderley, a verba destinada à premiação dos medalhistas virá dos recursos obtidos com a Lei das Loterias.
— Torço para que tenhamos muitas medalhas — comentou o mandatário, que contou que ainda terá de decidir como e onde será feita a "justa homenagem" com o pagamento da premiação aos futuros medalhistas olímpicos. O atleta tem a improvável opção de não receber o prêmio. Caso o faça, o valor voltará para o COB.
Estiveram no evento alguns medalhistas olímpicos, como Janeth Arcain, Rebeca Andrade, Rogério Sampaio e Vanderlei Cordeiro de Lima, além de dirigentes do COB.
— Sou grato ao esporte por ter transformado a minha vida e a da minha família. A magia do esporte faz o nosso país vencedor — afirmou Vanderlei Cordeiro de Lima, bronze nos Jogos de Atenas, em 2004. O ex-maratonista vai acompanhar a delegação brasileira em Paris.
Neste ciclo olímpico, o mais curto da história devido à pandemia de covid-19, que atrasou os Jogos de Tóquio em um ano, o Time Brasil já tem 43 vagas garantidas em Paris-2024, sendo 34 femininas e nove masculinas.
Sustentabilidade
O COB elaborou um programa com iniciativas sustentáveis e convocou a principal atleta olímpica do país atualmente, Rebeca Andrade, para ser a porta-voz de sustentabilidade da entidade em eventos e redes sociais.
— Acho importante mudar um pouco as nossas práticas, sermos mais sustentáveis. Estou honrada e até meio perdida sobre o que falar — disse a ginasta, ainda tímida e sem jeito, mesmo já acostumada a lidar com a fama que seus títulos e medalhas lhe trouxeram.