Marta Vieira da Silva surgiu para mudar a realidade do futebol feminino não só no Brasil, mas também em todo o mundo. Nascida no interior de Alagoas, essa nordestina de 35 anos deu à camisa 10 da Seleção Brasileira Feminina a mesma visibilidade que craques consagrados do futebol masculino. Agora, já na fase final de uma carreira de sucesso, ela tem a última chance de coroar seu currículo, mais do que premiado, com a medalha de ouro olímpica, que o País não tem.
Eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, Marta já sentiu o gosto de subir ao pódio. No entanto, nesta edição dos Jogos Olímpicos, ela busca o degrau mais alto atrás da conquista inédita. Medalha de prata nas Olimpíadas de Atenas-2004 e Pequim-2008, ela conta com a experiência de anos de carreira para um desfecho feliz nessa disputa.
Em sua quinta edição dos Jogos, a meia-esquerda continua como grande esperança da técnica sueca Pia Sundhage, para comandar essa nova geração da Seleção Feminina do Brasil. E essa motivação de estreante ela demonstrou ao saber da convocação oficial feita em junho.
— Vocês sabem que a gente tem um orgulho enorme de vestir a nossa camisa amarelinha e representar o Brasil. Então, mais uma oportunidade de jogar uma Olimpíada — postou a atleta em suas redes sociais.
Com uma média de idade avançada, que ficou mais velha em um ano pelo adiamento da realização da Olimpíada provocada pela pandemia do novo coronavírus, a craque brasileira vai ter a companhia de uma velha companheira de outras jornadas: a polivalente Formiga, de 43 anos. A ausência fica por conta da atacante Cristiane, que acabou ficando fora.
Campeãs mundiais em 2019, as americanas entram como favoritas à medalha de ouro em Tóquio. O Brasil não é mais um time favorito. Agora, corre por fora.
— Sabemos das dificuldades, mas poder representar o Brasil numa Olimpíada é sempre uma responsabilidade muito grande. E uma medalha de ouro vai ser muito importante para a evolução do esporte por aqui — comentou Marta ainda durante a fase de preparação.
Outra aliada fundamental vai ser a treinadora. Com a experiência de ter estado nas últimas três finais olímpicas, Pia Sundhage chega para dar equilíbrio e experiência ao elenco feminino brasileiro.
Classificada no Grupo F, a missão brasileira começa no dia 21 de julho, contra a China. O segundo jogo é diante da Holanda, dia 24. A última partida dessa fase será a Zâmbia, dia 27.