O Comitê Olímpico do Brasil inscreveu 301 atletas em 35 modalidades para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que terão a cerimônia de abertura realizada em 10 dias.
Nesta terça-feira (13), em entrevista coletivo virtual realizada em Tóquio para marcar a abertura oficial da Missão Tóquio 2020, o COB apresentou números referentes ao processo de vacinação e os protocolos que estão sendo adotados com os integrantes do Time Brasil.
— Dos nossos 301 atletas, 271 foram vacinados com primeira dose e 226 com a segunda dose. Ou seja, 75% da nossa delegação está vacinada (com as duas doses). Isso nos traz bastante segurança. Além de todo material de proteção, o COB trouxe 6 mil testes de antígeno para o Japão. Estamos usando esses testes em pessoas que chegam próximo à nossa delegação, como nossos motoristas e equipe de alimentação, por exemplo — disse Ana Carolina Corte, coordenadora de serviços médicos do COB.
A preocupação da delegação brasileira cresceu depois que cinco funcionários do hotel que recebe a equipe de judô, em Hamamatsu, apresentaram resultado positivo para a covid-19. Nesta cidade ainda estão as delegações do tênis de mesa e ginástica rítmica. Porém, essas equipes estão hospedadas em outro estabelecimento.
O Comitê Olímpico Internacional não exige que os participantes dos Jogos estejam vacinados para estar em Tóquio e, por isso, alguns atletas brasileiros optaram por não se vacinar. Os nomes de quem fez esta opção serão preservados pelo COB.
— O COI definiu que não era obrigatória (a vacina). Tivemos atletas que optaram por não se vacinar e nós não vamos divulgar os nomes, porque é uma questão pessoal. Nós respeitamos. Temos as nossas convicções em relação à validade da vacina, entendemos como muito importante, significativa, mas respeitamos as posições de cada um. Vamos sempre cobrar de todos e mais desses atletas, o respeito às condições de segurança (sanitária), suas e de todo o grupo onde eles estão fazendo parte — afirmou Jorge Bichara, diretor de esportes do COB e um dos subchefes da Missão.
O dirigente ainda garantiu que o número de vacinados poderá crescer à medida em que os atletas que não se encontram em território brasileiro têm a possibilidade de buscar imunização no Exterior.
— Nós temos alguns atletas que ainda estão em processo de busca pela vacina, porque estão em países onde é possível. No Brasil, nos encerramos ontem (segunda). Dentro disso, tivemos o apoio de alguns países onde temos atletas que lá competem e têm inscrição no serviço médico local, como Espanha, Portugal, Itália e Sérvia, onde fizemos com os comitês olímpicos locais, que nos ajudaram. Nos Estados Unidos, foram disponibilizadas vacinas de acordo com a política de vacinação do governo norte-americano para atletas que estavam fazendo período de treinamento lá — informou Bichara.