Campeão olímpico em 2016, aos 20 anos, o ponteiro Douglas Souza é um fenômeno dentro e fora de quadra. O jogador da seleção brasileira masculina de vôlei se tornou, nos último dias, a grande sensação das redes sociais ao viralizar na internet mostrando os bastidores da Vila Olímpica em Tóquio.
De forma simples e despojada, ele conseguiu ganhar a atenção do público e já soma quase 2 milhões de seguidores no Instagram. O paulista de Santa Bárbara d'Oeste é dono de grande precisão em seus ataques e saques e raramente para na rede. Já nas redes sociais, que a cada dia ampliam seu alcance, ele tem conseguido gerar gatilhos nas pessoas sobre diversos assuntos — e hoje pode ser chamado de influencer.
Em um mundo que se transforma cada vez mais, Douglas Souza é representante com orgulho da comunidade LGBT+ e frequentemente é visto em suas publicações aconselhando seus seguidores em questões amorosas e cantando músicas de Pabllo Vittar.
O camisa 14 da seleção brasileira é muito querido por todo o grupo e, mesmo não sendo titular, tem sido fundamental em momentos de dificuldade da equipe. Neste sábado (24), durante a estreia vitoriosa sobre a Tunísia, ele entrou no segundo set e ajudou o time a ter maior consistência no passe e superar algumas dificuldades que apareceram.
E é neste momento em que se misturam o Douglas jogador e fenômeno digital, pois superar barreiras faz parte do cotidiano deste paulista, que hoje representa muito mais do que a seleção brasileira de vôlei.
Após a estreia brasileira em Tóquio, conversei com ele na zona mista e o entrevistei na jornada esportiva da Rádio Gaúcha. Solícito e se expressando bem, ele falou sobre o jogo e, ao ser perguntado sobre o momento que vive fora das quadras, preferiu dizer que "não está pensando nisso neste momento, porque o foco são os Jogos Olímpicos".
E esta forma como ele encarou a abordagem sobre o tema demonstra a maturidade de um atleta que sabe como, quando e em que momento deve ou não se posicionar.