Após a medalha de prata conquistada por Kelvin Hoefler, o Brasil tem mais uma chance de fazer história no skate em Tóquio. Neste domingo (25), às 21h (horário de Brasília), as brasileiras Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Letícia Bufoni brigam por medalha na categoria street feminino, e as três possuem chances reais de subir no pódio.
A paulista Pâmela Rosa, 21 anos, chega com o status de líder do ranking internacional da modalidade. Campeã mundial em 2019, em São Paulo, e quarto lugar no Mundial de Roma, em 2021, a atleta confia no bom momento do Brasil no esporte, mas prefere não apontar uma favorita para a prova.
— A gente tem um time muito bom, tanto no street como no park. Essa é uma geração muito boa e espero muitas medalhas para o skate brasileiro, mas vejo muitas meninas que podem levar o ouro — disse.
Já a jovem maranhense Rayssa Leal, de apenas 13 anos, é vice-líder no circuito e pode se tornar a campeã olímpica mais jovem da história, superando Marjorie Gresting, campeã dos saltos ornamentais nos Jogos de Berlim em 1936, aos 13 anos e 268 dias de idade.
Conhecida como "fadinha", a garota foi vice-campeã mundial em 2019, em São Paulo, e foi a única brasileira a subir no pódio no Mundial 2021, ficando em terceiro na competição realizada em Roma. Mesmo acostumada ao calor nordestino, a atleta mostra preocupação com as altas temperaturas de Tóquio.
— Vai ser igual pra todo mundo, mas algumas pessoas sentem mais a diferença. Estou me acostumando à temperatura, mas espero que no dia da competição esteja mais refrescante — declarou Rayssa.
Já Letícia Bufoni, 28 anos, é um dos maiores nomes da história do skate feminino brasileiro. Lenda na modalidade, a paulistana segue competindo em alto nível. Quinto lugar nos últimos dois Mundiais, a atleta paulistana conquistou ainda a medalha de ouro na última etapa dos X Games, na Califórnia, uma espécie de Olimpíada dos esportes radicais. A atleta também vê equilíbrio na disputa em Tóquio.
— Acho que não tem muito favoritismo. É uma pista em que dá para todo mundo ir bem. Para mim, está sendo um sonho estar aqui. A gente esperou tanto por esse momento e finalmente está acontecendo. Só espero poder mostrar o skate como realmente é. Poder mostrar a cultura e não só vir aqui com foco de ganhar uma medalha, mas, sim, mostrar que o skate não é apenas um esporte. O skate é um estilo de vida. E no fim do dia a gente é uma família muito grande — afirmou.
Com as três brasileiras bem cotadas na modalidade, um pódio totalmente brasileiro, o que seria inédito, é um sonho possível, embora difícil. Afinal, as japonesas Aori Nishimura e Momij Nishiya fizeram dobradinha com ouro e prata no Mundial de Roma, em 2021, e, além do bom momento, competem em casa.