As Federações Internacional (ICF, na sigla em inglês) e Pan-Americana (Copac, na sigla em inglês) de Canoagem anunciaram em conjunto nesta quinta-feira (25) o cancelamento do Campeonato Pan-Americano de canoagem slalom, que estava programado para acontecer entre 29 de abril e 2 de maio, no Parque Deodoro, no Rio de Janeiro. A decisão ocorreu por conta do acelerado ritmo da pandemia de coronavírus no Brasil.
A competição distribuiria quatro vagas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, uma em cada uma das provas da modalidade (C1 e K1, masculino e feminino). Agora, por conta do cancelamento, a ICF anunciou que precisará rever o seu sistema qualificatório junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) para encontrar a melhor forma de realocar essas cotas.
— Num mundo perfeito teríamos os melhores remadores do continente no Rio, tendo as mesmas oportunidades de treinamento, lutando por uma vaga nos Jogos Olímpicos. Mas este não é um mundo perfeito. A Copac, os organizadores do evento e a ICF trabalharam o máximo que pudemos para realizar este evento, mas infelizmente a situação da covid-19 no Brasil torna impossível para nós convidar atletas e dirigentes para o Rio para a competição — disse o secretário-geral da ICF, Simon Toulson.
A situação de incerteza quanto à distribuição das vagas olímpicas é semelhante a que ocorre com a canoagem velocidade, que teve, há cerca de 20 dias, seu Pan-Americano cancelado, com sede em Curitiba. O evento também seria um qualificatório para os Jogos de Tóquio 2020 e a realocação está sendo discutida com o COI.
Cerca de 80% das vagas totais da canoagem slalom já foram preenchidas para Tóquio 2020, restando apenas as definições continentais das Américas, da Ásia e da Europa, além dos convites à Tripartite. O Brasil tem dois atletas garantidos em três provas diferentes: Ana Sátila, no C1 e K1 feminino, e Pepê Gonçalves, no K1 masculino.
— Ninguém gostar de ter que mudar planos, mas temos certeza de que todos entendem a crise que o mundo está vivendo neste momento. Em muitas partes do mundo os atletas ainda não podem viajar, ou mesmo treinar. Decidimos que é melhor adiar esses eventos até um momento em que possamos receber as competições de maneira mais segura e justa — completou Toulson.
Outros três eventos na Europa também sofreram alteração pela ICF por conta do coronavírus. O Mundial Junior e Sub-23 de canoagem velocidade, em Portugal, o Mundial de stand up paddling, na Hungria, e a etapa da Copa do Mundo de águas bravas, na França, foram adiados para o segundo semestre.