Além da bicampeã mundial Mayra Aguiar, outros três atletas se lesionaram no treinamento de campo da seleção brasileira de judô em Portugal, em agosto. Desses, dois passaram por cirurgia: a também gaúcha Aléxia Castilhos (categoria até 63 quilos), da Sogipa, que teve ruptura em dois tendões de dois músculos posteriores da coxa direita, e a paulista Gabriela Chibana (48 quilos), do Pinheiros, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.
O outro lesionado, que teve de retornar às pressas para o Brasil, foi o catarinense Phelipe Pelim (60 quilos), do Pinheiros. No entanto, ele foi reavaliado e seu médico pessoal descartou a necessidade de um procedimento cirúrgico.
Em contato da reportagem de GZH, Aléxia falou sobre a circunstância de sua lesão. Como ainda disputa vaga para Olimpíada de Tóquio, marcada para julho de 2021, a judoca revelou que ficou apreensiva em um primeiro momento.
— No momento, me senti mais nervosa por não saber o que estava acontecendo, o grau da lesão. Mas quando descobri que intervenção cirúrgica era o melhor e mais rápida no sentido de retorno ao esporte, encarei de frente, como sempre, assim como todos da equipe multidisciplinar que sempre estiveram comigo me apoiando, tranquilizando e ajudando — contou a porto-alegrense de 24 anos.
Após três meses de tratamento, a sogipana afirma que está "com mais de duas semanas de antecedência" para o retorno de suas atividades e se sente muito bem.
— Minha lesão foi fatalidade. Por estarmos mais de cinco meses sem treino específico de luta, sabíamos que lesões poderiam ocorrer. Tentamos diminuir ao máximo as chances, mas acontece. Minha lesão era complicada em um primeiro momento, mas agora já estou praticamente de alta, já voltei ao treinamento de judô, ao treinamento físico, e creio que no começo de 2021, talvez até antes, já poderei estar de volta às competições — finalizou.
Aléxia é a número 19 do ranking olímpico da categoria até 63 quilos e disputa vaga para os Jogos com Ketleyn Quadros, sua colega de clube e 10ª colocada na lista.