O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 anunciou nesta semana que as competições de surfe serão realizadas em Teahupo'o, no Taiti, cerca de 15 mil quilômetros de distância da sede. A escolha soa estranha, já que as francesas Biarritz, Lacanau, Les Landes e La Torche também estavam na disputa.
A opção por Teahupo'o remete aos Jogos de Melbourne, em 1956, quando as provas do hipismo foram realizadas em outro continente. Por conta das severas leis de quarentena de animais na Austrália, que proibiram a entrada de cavalos no país, as competições foram disputadas cinco meses antes do início dos Jogos, em Estocolmo, capital da Suécia.
Porém, neste caso a justificativa era plausível, já que as restrições sanitárias impediram que Melbourne recebesse as provas de hipismo. Mas mesmo que Teahupo'o seja um dos melhores lugares para a prática do surfe, os Jogos serão disputados no país-sede e não na Polinésia Francesa, apesar de o Taiti ser um território francês ultramarino e seus cidadãos terem plenos poderes civis e políticos como qualquer nascido no país europeu.
Em termos olímpicos, o Taiti não tem um comitê nacional reconhecido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), mesmo que tenha seleções filiadas em algumas modalidades, como o futebol —disputou a Copa das Confederações de 2013.
Brasil Olímpico merecidíssimo
A entrega do Prêmio Brasil Olímpico, na última terça-feira, apontou os melhores atletas de cada modalidade e prestou justas homenagens. Oscar Schmidt ganhou o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, Beatriz Ferreira e Arthur Nory, campeões mundiais de boxe e ginástica, foram eleitos os melhores do ano, assim como os integrantes do revezamento 4x100 m rasos, que este ano recebeu o bronze dos Jogos de Pequim 2008, após o doping de um atleta da equipe jamaicana. Todas escolhas justas e dignas de aplausos da comunidade olímpica brasileira.