Evandro e Bruno Schmidt conquistaram neste domingo (16) o título da etapa quatro estrelas de Varsóvia, na Polônia, do Circuito Mundial de vôlei de praia. Em uma grande virada, os brasileiros superaram na final os noruegueses Anders Mol e Christian Sorum por 2 sets a 1, parciais de 11/21, 21/17 e 15/12, em 52 minutos de jogo. O triunfo também mantém a dupla na liderança isolada da corrida olímpica brasileira.
Juntos desde fevereiro deste ano, Evandro e Bruno já haviam subido ao pódio na etapa de Jinjiang, na China, em maio, perdendo na final justamente para Mol e Sorum. Além disso, a dupla também encerrou uma invencibilidade de 23 jogos dos noruegueses, que haviam conquistado as últimas três etapas do tour de maneira consecutiva.
Evandro analisou a partida e comentou a mudança de postura do time após o primeiro set, quando os noruegueses venceram por grande vantagem. Ajustes no levantamento, defesa e saque auxiliaram na virada da partida, segundo o bloqueador carioca.
— Começamos a partida muito abaixo do que podemos apresentar, em um ritmo que não é o nosso. Estava errando muitos levantamentos, o Bruno com dificuldades no ataque por conta disso, tanto que foi um placar dilatado. No segundo set, nos encontramos, conseguimos colocar o nosso jogo, o que fazemos de melhor, Bruno defendeu bolas importantes e nos conectamos com a partida. No tie-break, sacamos muito bem e isso fez a diferença. Bruno conseguiu ter uma leitura boa dos ataques, abrimos uma vantagem e mantivemos até o final — disse o jogador de 28 anos e 2,11m de altura.
A campanha da dupla em Varsóvia contou com seis jogos e seis vitórias. O título rendeu para Evandro e Bruno Schmidt 800 pontos no ranking mundial e um prêmio de cerca de R$ 80 mil. Eles abrem distância na liderança da corrida olímpica brasileira, agora com 3.040 pontos. Na segunda colocação estão empatados com 2.080 pontos: Pedro Solberg/Vitor Felipe e Alison/Álvaro Filho. André Stein/George estão em quarto, com 1.840, enquanto Guto/Saymon aparecem em quinto lugar, com 960 pontos.
Os representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 serão definidos de duas maneiras. A primeira será a partir de um ranking que levará em conta apenas os pontos conquistados nos eventos de quatro e cinco estrelas do Circuito Mundial, além do Campeonato Mundial.
Os times ainda terão uma média dos 10 melhores resultados obtidos, podendo descartar as piores participações. Só serão comutados os pontos obtidos juntos, como dupla. A corrida olímpica interna das duplas ocorre em paralelo à disputa da vaga do país, que segue as regras da Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Cada nação pode ser representada por, no máximo, duas duplas em cada naipe.
A próxima competição das duplas do Brasil no cenário internacional ocorre a partir do dia 28 deste mês, em Hamburgo, na Alemanha, com a disputa da Copa do Mundo. A competição é realizada a cada dois anos e é o principal evento da modalidade com exceção dos Jogos Olímpicos. Serão oito duplas brasileiras em ação - quatro em cada gênero.